Não posso brincar, brincar de ser juiz, não posso julgar, melhor ser
aprendiz. O meu dever é ajudar aquele que caiu, é fechar os olhos e orar
por quem não viu o perigo, profundo abismo. Se a bênção chegou na vida
de alguém devo festejar, como se fosse minha também, o Mestre do amor, o
professor do bem, me ensinou na cruz que não existe ninguém melhor que
ninguém, imagina um ladrão na última hora ir pro paraíso. Eu não posso
dedicar meu tempo com as coisas que se perdem ao vento. Eu preciso
imitar Jesus, eu não posso abandonar a cruz, eu preciso aproveitar meu
tempo pra plantar na terra o alimento, eu preciso alimentar alguém, sou
do Reino ou não sou ninguém. Pra que existir se posso viver acima da
média, meu melhor não vou reter, vou abraçar alguém, meu ombro emprestar
a órfãos e viúvas que precisam chorar, apenas chorar, preciso me tocar.